terça-feira, 7 de agosto de 2012

Nova sede da Shimizu em Tóquio torna-se o prédio com menor menor emissão de carbono do mundo


Após o terremoto de Tohoku e a tsunami em 2011 no Japão, o país optou por desligar todos os seus reatores nucleares e estabelecer metas regionais de redução de energia para ajudar a atender a demanda nacional sem ter que aumentar a capacidade de geração. Ninguém parece estar levando mais a sério os parâmetros de eficiência energética e energia renovável do que a Shimizu Corporation, uma empresa de arquitetura, engenharia e construção  de grande porte sediada em Tóquio. No dia primeiro de agosto a empresa abriu a sua nova sede, elogiada por ser o edifício com menor emissão de carbono do mundo.
O edifício sede foi projetado para emitir apenas 37,8 Kg por metro quadrado de CO2 por ano, 62% a menos do que um edifício típico de escritório em Tóquio. Uma estratégia de eficiência energética que contribui para esta redução é o seu sistema de climatização, que utiliza tubulações de água nos painéis do teto, mantida a 20 graus. Quando o calor produzido pelas pessoas e equipamentos sobem para o teto, o mesmo propicia o arrefecimento, proporcionando temperatura mais agradável. Este sistema convectivo HVAC reduz as emissões de carbono em 30% em relação a edifícios com sistemas convencionais de climatização.

6.500 metros quadrados de painéis solares fotovoltaicos foram instalados no exterior do edifício, produzindo 84.000 kilowatt-hora por ano, suficiente para abastecer suas necessidades de iluminação. O edifício também possui uma fachada elegante com dispositivos de sombreamento motorizados que se ajustam automaticamente, contribuindo para reduzir o ganho de calor indesejado, ao mesmo tempo em que permite que luz natural penetre na edificação. Paralelamente, são utilizados LED de iluminação e sensores de presença reduzindo em até 90% as emissões em comparação com edifícios equipados com iluminação convencional.

Em 2015, a Shimizu planeja reduzir as emissões de sua sede de carbono em  até 70%, ampliando sua estratégia de economia de energia, o que possibilita a negociação de créditos de carbono. Seu compromisso não só mostra uma sensibilidade quanto a falta de recursos naturais e recente crise energética no Japão, mas também serve para demonstrar aos potenciais clientes no Japão e em todo o mundo o que Shimizu é capaz de fazer quando o assunto é construção verde.